- Jorge, são três horas da manhã e você me acordou. O que você quer?
- Carlos, sou eu, Jorge. Você precisa me ajudar. Se lembra daquele problema que tumultuou a cidade no ano retrasado?
- Lembro sim. O assassino morreu e caso encerrado.
- Acho que tem uma falha nisso. Pode vir na minha casa?
- Agora?
- Sim. Você vai querer ver isso.
- Espero que seja importante...
Jorge escutou o telefone de Carlos desligar. Agitado, ele entrou e viu sua esposa dormindo. Se esforçou o máximo para não fazer barulho algum. Pegou sua câmera, seu bloco de anotações e sua caneta. Saiu de casa e correu para a marca de pneu que o sedan preto havia deixado em frente à sua casa.
Enquanto fotografava o local, seu chefe acabara de chegar. Ele saiu do carro, ainda de pijamas, acendeu um cigarro e caminhou até Jorge.
- Ainda bem que você chegou. Olhe isso.
Carlos abriu a boca e deixou o cigarro cair.
- Você já chamou a polícia?
- Ainda não. Quis registrar tudo antes deles chegarem.
- Ótimo. Não consigo acreditar no que vejo...
Eles estavam olhando para uma foto onde Jorge observava os corpos do acidente recente. E preso à foto, um bilhete com a palavra "Sorria" escrita em vermelho.
Este bilhete era característica do assassino, que até então, eles acreditavam que estava morto.
Fim da parte 4.
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