Jorge sabia que o pior estava para acontecer. Após a polícia chegar em sua casa, a imprensa e todos os curiosos, ele só queria dormir.
Entrou em casa, subiu as escadas, foi para o quarto, se deitou. Pouco tempo depois, estava desmaiado.
Sonhou com coisas das quais preferiu não comentar. Coisas que só ele entendia e tinha vergonha de tal compreensão.
Ao acordar, notou um silêncio incomum em sua casa. Não escutava o barulho da televisão no andar de baixo, ou o barulho do seu filho brincando. Saiu da cama e foi correndo para a escada. Tropeçou e caiu por ela, parando apenas no primeiro andar. Desmaiou.
Acordou no mesmo lugar, horas depois, com um sangue seco em sua roupa. Levantou rapidamente, mas foi surpreendido por uma tontura. Se apoiou na parede e caminhou lentamente para a cozinha. Não havia ninguém em casa.
Ao abrir a porta, se deparou com uma trilha de sangue que se seguia até a porta do seu carro. Espantado, Jorge acompanhou a trilha. Espiou pela janela do motorista e sentiu uma grande tontura. Desmaiou novamente.
Sua esposa chegou do mercado, o avistou no chão e correu para ver o que havia acontecido. Quando olhou para dentro do carro, não pode acreditar. Se ajoelhou ao lado de seu marido e tentou acordá-lo, mas foi infeliz em sua tentativa.
O corpo dentro do carro era do Carlos.
Fim da parte 5.
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