Enquanto passava por vários apartamentos, sentiu um frio na espinha ao passar por uma casa de madeira completamente destruída e abandonada. O lugar agora parecia ser abrigo de mendigos e drogados, mas antes, Renato costumava chamar aquele lugar de lar. A casa costumava ter flores na varanda, uma passarela que se seguia da calçada até a porta de casa, com um grande jardim em volta. Agora, haviam apenas um mato alto e muito lixo. Começou a caminhar em direção à casa, passando pelo portão destruído e chegando até a porta. Entrou sem bater. A casa estava sem parte do teto, havia muito lixo no local onde costumava ser a sala. Caminhou mais um pouco e foi até o corredor. O primeiro quarto costumava ser o seu, mas agora era apenas um espaço com uma pilha de madeira. Mais a frente, onde costumava ser o quarto de seus pais, havia uma pessoa dormindo. Deu meia volta e saiu da casa, estava na hora de continuar o seu caminho.
No outro lado da cidade, Silvia estava esperando dentro de seu banheiro haviam 10 minutos. Ela estava com um teste de gravidez de farmácia na mão. Olhava para ele e para a janela. Estava tensa, pois sabia que algo de errado estava acontecendo com ela. Se passaram mais 5 minutos, ela olhou para o teste novamente e o deixou cair. O resultado era positivo. Ela gritou:
- Filho da puta!
Trêmula, pegou o celular e discou para o primeiro número de chamada rápida. A ligação chamou, chamou e caiu na caixa. Silvia saiu do banheiro, colocou seu chinelo, pegou sua bolsa e saiu para a rua. Precisava dar a notícia para Renato, pai de seu futuro filho.
Continua.
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